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Fogo e Brava, Ilhas do

Pequenas ilhas situadas junto à costa africana, compondo o arquipélago de Cabo Verde. Assim como Açores e Madeira, o arquipélago era desabitado, cabendo aos portugueses, a partir de 1462, o seu povoamento, iniciado pela ilha de Santiago. Descoberta em 1460, a ilha de São Filipe, atual Fogo, foi a segunda a ser povoada. A necessidade de ampliação da área para o cultivo determinou a sua pronta ocupação. A ilha do Fogo foi a única que apresentou condições para o plantio da vinha, em finais do século XV, além do desenvolvimento do plantio do Café que, junto ao Vinho Manecom tornaram-se famosos pela sua qualidade. Do século XVI ao século XVIII, a ilha produziu vinho e exportou para a Guiné e para o Brasil, até a proibição do marquês de Pombal interromper sua produção para proteger o vinho metropolitano. Já a ilha de Brava, foi descoberta em 1462 pelos portugueses e mais tarde tornou-se num entreposto de escravos. Seus primeiros habitantes estabeleceram-se por volta de 1540, mas só começou a ser intensamente povoada um século depois devido a migração de habitantes da ilha vizinha, Fogo, assustados com as constantes erupções vulcânicas na ilha. A agricultura, pesca e extração da Urzela foram suas principais atividades econômicas.