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Revolucionários da Praça de Montevidéu

A independência do Brasil trouxe à tona as diferenças existentes entre portugueses e brasileiros no interior das tropas de ocupação da província Cisplatina: de um lado, a divisão dos Voluntários Reais, sob o comando do brigadeiro d. Álvaro da Costa, permaneceu fiel a d. João VI; do outro, o general Carlos Frederico Lecor (barão de Laguna) e as forças brasileiras que ficaram a favor de d. Pedro I e do novo império. Em meio à guerra entre as forças portuguesas e brasileiras, que se inicia no mês de setembro de 1822, alguns membros do cabildo (governo local) de Montevidéu, descontentes com a administração do general Lecor, passaram a defender propostas alternativas à ocupação portuguesa: a independência da província Cisplatina ou a sua união às Províncias Unidas do Reino da Prata (Argentina). Os membros do cabildo, ou os “revolucionários da Praça de Montevidéu”, conforme expressão utilizada pelo barão de Laguna, procuraram então, apoio nos antigos e atuais opositores de Lecor, estabelecendo alianças com d. Álvaro da Costa e Manuel Durán, amigo de José Gervásio Artigas. Guardado pelo cabildo d. Álvaro da Costa permaneceu em Montevidéu, tornando esta capital o único ponto da resistência portuguesa. Ainda em setembro, Lecor e seus aliados orientais seguem para os departamentos de Canelones, e depois para o de San Jose que já haviam declarado o seu apoio ao governo do Rio de Janeiro e a d. Pedro I. A guerra civil na província prolonga-se até 1824, quando, então, d. Álvaro da Costa é sitiado por Lecor em Montevidéu. Com a derrota dos Voluntários Reais, e o seu retorno para Portugal, a província fica sob a autoridade do império brasileiro até o final da Guerra da Cisplatina em 1828.