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Dinheiro

O uso do dinheiro não se verificou logo no início da chegada dos portugueses ao Brasil. O trabalho de extração e embarque de Pau-Brasil e outros produtos era aliciado mediante escambo, ou seja, a troca direta do produto por outras mercadorias que substituíam a moeda dos europeus. Com o desenvolvimento dos primeiros núcleos populacionais, foi-se estabelecendo a circulação monetária na forma de peças de ouro, prata e cobre, cunhadas em Portugal ao longo de vários reinados e trazidas pelos primeiros colonos ou a eles pagas em suas transações com os navegantes. A unidade monetária era o real. Contudo, o dinheiro circulante não era suficiente para atender às necessidades de pagamento. Outras formas de troca incluíam mercadorias como o algodão (no Estado do Grão-Pará e Maranhão), açúcar e, principalmente nas regiões mineiras, Ouro em pó. No final do século XVII, tornara-se impositivo criar um sistema monetário próprio para a colônia. As primeiras moedas para uso exclusivo eram de ouro, nos valores de 4.000, 2.000 e 1.000 réis, denominadas moeda, meia moeda e quarto de moeda ou, vulgarmente, quartinho. Para facilitar a troca do ouro em pó na região das minas, foram também cunhadas moedas de prata provinciais nos valores de 600, 300, 150 e 75 réis.