Nascido no Rio de Janeiro, estudou os preparatórios com os jesuítas na mesma cidade. Cursou Direito Canônico na Universidade de Coimbra e, mais tarde, tornou-se lente daquela Universidade. Foi ainda frei conventual da Ordem de São Bento de Avis, bispo de Coimbra, senhor de Coja do conselho do rei d. João VI, membro do Tribunal do Santo Ofício, desembargador da Casa da Suplicação, reitor do Colégio das Ordens Militares e deputado da Real Mesa Censória. Reitor por duas vezes da Universidade de Coimbra, em sua primeira gestão, iniciada em 1770, esteve à frente da reforma universitária promovida por Pombal, sendo nomeado em carta régia de 1772 como reformador da instituição. Consoante com o projeto de laicização do Estado, a reforma da Universidade inicia-se com o afastamento dos jesuítas. Mais tarde são elaborados os novos estatutos de orientação ilustrada, preconizando o ensino laico e priorizando conhecimentos de aplicação prática que subsidiassem políticas de Estado. Nesse sentido, tornou-se espaço privilegiado na formação de uma elite intelectual luso-brasileira que ocuparia cargos centrais na administração estatal. Em seu segundo período como reitor, de 1799 a 1821, enfrentou sérios problemas decorrentes da invasão do território português pelas tropas francesas, tendo que suspender os trabalhos na Universidade, em 1808, por ter sido escolhido, pelo próprio general Junot, como membro da deputação encarregada de ir a Baiona cumprimentar Napoleão e pedir-lhe a indicação de um soberano à Coroa lusa, retornando ao reino somente em 1814. Embora eleito deputado às cortes gerais e constituintes, em 1821, pelo Rio de Janeiro, não tomou posse, falecendo no ano seguinte em Coimbra.