Refere-se à cor vermelha, escarlate. Os corantes vermelhos mais usados nos séculos XVIII e XIX eram removidos da Cochonilha e também do Pau-Brasil. Este, desde o século XVI, foi uma importante fonte de corante vermelho para o tingimento de tecidos. A cor era retirada da resina da madeira, conhecida pelos europeus antes de sua chegada ao território. Devido ao seu valor comercial e pela utilização da madeira na marcenaria, foi incessantemente explorado; sua exportação persistiu até o século XIX, chegando à quase extinção. Até 1856, os corantes eram extraídos das plantas e animais; a partir de então, foi desenvolvido o corante sintético, na Inglaterra. Os corantes vermelhos mais intensos e brilhosos na Antiguidade eram extraídos do molusco múrice, na Idade Média, do quermes, fêmea do pulgão, e no Renascimento, da cochonilha da Polônia e da Armênia. A cochonilha, inseto encontrado no México, utilizado pelos astecas para tingimento de tecidos, alimentos, paredes e para colorir o corpo, possuía grande importância comercial para a coroa espanhola. No Brasil, a intensificação da produção do corante e a criação da cochonilha ocorreram no governo do marquês do Lavradio, dada sua relevância para a indústria alimentícia e têxtil. O corante, denominado atualmente de ácido carmínico, é extraído da carapaça dissecada da fêmea cozida em água.